sábado, 5 de dezembro de 2009

Educação gente!!!

Atualmente, o número da segunda geração de latinos vem aumentando.
Antes da crise, houve um aumento considerável de "creches" e "escolas" brasileiras e peruanas no arquipélago.
A secretaria de educação de algumas províncias, por sua vez, aumentou o número de intérpretes que atuam junto com professores voluntários, para ajudar as crianças com dificuldades. Neste interím, várias NPO'S ( NO GOVERNAMENTAL ORGANIZATIONS) ou as ONG(Organização Não Governamental) como conhecemos, surgiram com o intuito de ajudar os estudantes estrangeiros na adaptação do processo escolar.
Vários estudos foram feitos, tanto por parte do governo, como também por parte das ONGs, e os números são alarmantes.
No todo, existem pesquisas sobre a quantidade de alunos que ingressam na 1a. série (chogakko) e quantos conseguiram concluir o ginásio (chuugakko).
Neste estudo mostra que, existe o problema do excesso de trabalho dos pais, da dificuldade do vocabulário do aluno, que por fim acaba acarretando na desistência do mesmo por falta de apoio.
Muitos acabam saindo da escola para ajudar no orçamento doméstico. Sem contar que, em muitos casos, o adolescente acaba sofrendo pelo fato de não saber o japonês direito e ser "analfabeto" em português.
Houve um caso por exemplo, de uma criança que estudou no Hoikuen (creche japonesa), para a mãe, a criança sabia falar japonês. Entretanto, no relatório da creche, a criança possuia deficiência de compreensão no idioma.
Em Hamamatsu, com o aumento de crianças que ingressam no chogakku, existe as salas de Fureai, justamente para apoiar o desenvolvimento destas crianças. Segundo especialistas no assunto, o grande problema além da barreira da língua tem sido também a falta de apoio por parte dos pais. Devido a instabilidade no emprego, muitos mudam de cidade, atrapalhando ainda mais no desenvolvimento educacional.
Um outro problema é que as escolas solicitam a presença dos pais nas reuniões, e mesmo tendo o suporte de intérpretes, poucos pais comparecem, devido ao trabalho.
Para muitos pais, existe sim uma preocupação quanto a educação de seus filhos, porém a carga horária nas empresas, impede que eles possam dar mais atenção aos filhos.
Em Kanagawa, existem estudantes universitários estrangeiros que estão ajudando voluntáriamente tirando dúvidas de alunos estrangeiros. E pasmem, temos um brasileiro que formou-se professor. Hoje ele leciona em uma escola japonesa. Apesar de toda dificuldade quanto ao idioma, adaptação e discriminação , ele agradece aos pais e aos professores, além de outras pessoas que o apoiaram. Logo teremos advogados, médicos entre outros representando a comunidade de estrangeiros aqui no Japão, e melhor , com formação aqui, trabalhando em pról aos próprios estrangeiros!
Outros estrangeiros também manifestaram o desejo de uma integração maior dentro da sociedade. Na verdade, ninguém quer que os estrangeiros sejam vistos como coitados pela sociedade japonesa, afinal todos tem capacidade de lutar de igual para igual. O importante é que todos os cidadãos, independente de sua nacionalidade, entrem também na luta para criar jovens capazes de representar bem o seu país. Assim como ocorreu no Brasil, onde os imigrantes investiram na educação de seus descendentes, nós imigrantes também temos a obrigação de apoiar esses jovens, que são o nosso futuro aqui!

" Se você acha a educação cara, tenha coragem de experimentar a ignorância."
(Derek Bok)

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ahhhhhh eu tô malucoooo
shark

Um comentário:

  1. É realmente deprimente a situação educacional dessa primeira geração de filhos de dekasseguis no arquipélago. Ainda pior que a dos seus pais, que já é imensamente medíocre na maioria dos casos...
    []'s

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